sábado, setembro 09, 2006

Monumento aos combatentes do Ultramar, em dia de festival redbull, uma bebida estimulante, proibida em vários países, segundo os entendidos pode ser mortifera.
A cem passos o contraste da vida e da morte, num monumento que recorda milhares de jovens mortos numa guerra que não era a sua, pouco tempo tiveram para serem jovens e gozar a vida a que tinham direito, tal como todos aqueles que convergiram a Belém numa tarde de Verão , simplesmente para passar uma tarde fútil de lazer e divertimento, nada mais, é a liberdade que estes nossos jovens de todas as regiões deste País chamado Portugal não usofruiram, não se compreende como ainda assim há regiões que vivem de costas voltadas em ódios absurdos, rivalidades sem sentido, quer na política, socialmente, no desporto, na religião, responda quem souber, compreendam-se as diferenças e repudiem-se os ódios.
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Os mais endinheirados, mais comodistas, os novos ricos, os mais excêntricos, reservaram lugar no iate "Martim Moniz", bem exagerei, era um férrie à portuguesa.

Foto-11: Assistencia priveligiada no Martim Moniz.

Com tanto Tejo para passear... gostos não se discutem.

À falta de melhor sempre podia-mos ver nos bastidores improvisados, no hangar daquelas coisas, as caricaturas voadoras e seus protagonistas antes da brilhante actuação, às vezes ilariante. Os pilotos estavam desejosos de mergulhar nas águas, pudera... e faziam-no com muito empenho.

Foto-12: Nos bastidores à espera para mergulhar.
Está-se mesmo a ver, o mata-moscas vai a correr atrás da melga até à Trafaria, ou até à Caparica se tomar balanço.
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Foto-13: Ainda nos bastidores.

Um dragão verde, deve ser obra de algum vermelho.

Também haviam outros atractivos, mais interessantes, não é por acaso que a malta se aguentava por ali à torradeira do Sol, lá se ia fazendo o sacrificio!

Foto-14: Anda cá filha, senta-te aqui!

Se fosse loira compreendia-se, é a unica que está bem.

Já o "espectáculo" ia a meio, quais formiguinhas chegava gente que teimava ver o que não se via.
Foto-6: Passagem superior
Projecto do Arq. Manuel Tainha.

Foto-7: Passagem superior, cont...
Parados, paradinhos, quietinhos, não mexe, não fala, não bufa que não há espaço para mais nada.

Foto-8: Passagem superior, cont...

Uma portagem ali resolvia o défice...

Só pelos comentáios do Alvim, a condizer com o espectáculo, se percebiam os verdadeiros objectivos dos concorrentes, uns queriam chegar à Trafaria, outros só queriam tomar um banho termal no lodo, tipo SPA, em rigor SPLASH..., até houve um que pilotou um grelhador para apanhar sardinhas... no Tejo?!... era mais fácil na peixaria!

Foto-9: Rampa de lançamento.

Eis uma forma original de despachar ferro velho que temos lá por casa.

Não houve sardinhas pra ninguém, o pessoal é que estava a assar ao Sol como sardinhas em lata, era preferível andar de Metro, a temperatura não era tão agressiva e sempre se podia ir apalpando alguém, perante um espectaculo tão cómico, ninguém mostrou os dentes, só a lingua, como os cães... e as cadelas.

Foto-10: O relado, ao longe a Torre de Belém, ao perto um abandona o relvado.

Foi em Belém, dia 09 de Setembro de 2006, entre a Torre de Belém, o Monumento aos Combatentes do Ultramar, o Tejo, o Caminho de Ferro e os sorvetes, a imaginação e o engenho a fim de obter o melhor ângulo para observar os malucos das máquinas não voadoras, e acreditem que Redbull não deu asas, levou a multidão a dar asas à imaginação, sem Redbull e muita cerveja, para conseguirem ver tão degradante espectáculo, degradante porque os rascunhos dos protótipos das pseudo aeronaves degradavam-se ao embater nas águas tranquilas e nojentas do Tejo.
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Foto-1: Torre de Belém
Estas gajas nunca perceberam onde era a festa...
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Foto-2: Torre de Belém
Axo que está ali um gajo a dormir e outro agarrado a uma febra....
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Foto-3: Torre de Belém
Olha?!... um par de polícias, afinal tavam lá, tá boa!...
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Foto-4: Torre de Belém
Os melhores lugares, digam adeus à menina!... Adeus amor, guarda aí um lugar que eu já lá vou!
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.Em menos de nada desmontavam-se as figuras carnavalescas, tristes figuras ao melhor nível do ser humano, somos assim, diferentes dos animais irracionais, se fosse para trabalhar ou acabar com a miséria não se juntava tanta solidariedade.
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Foto-5: No relvado!

À falta de melhor, sempre havia um ecran gigante, e relvado como plateia, pena não dar para mudar de canal.